Hoje vou escrever sobre a relação da música com a terapia. Trabalho atualmente atendendo idosos e tenho bastante contato com pacientes com Parkinson, uma doença bem conhecida que afeta a motricidade destas pessoas e muitas vezes a deixa num estado de quase total paralisia, tendo muita dificuldade para iniciar qualquer movimento. Lendo o livro Alucionações Musicais do Oliver Sacks tomei conhecimento do poder terapêutica de músicas com ritmo bem marcado para o tratamento das pessoas acometidas pelo Parkinson. Coloquei algumas músicas com esta característica no meu ipod e apresentei para três pacientes com Parkinson e enquanto eles ouviam a música pedia para levantarem e andarem. A facilidade para iniciar foi muito maior de quando não ouviam música. Acredito que os terapeutas tem um caminho importante a percorrer estudando mais a música e seus potenciais terapêuticos.
Acredito que a terapia que leve em conta uma educação dos sentidos pode ser altamente valorizada neste mundo contemporâneo que nossos sentidos estão anestesiados e esquecidos. A música, os sabores, os odores, o tato precisam ser melhor estudados e incorporados nos processos terapêuticos.
A música acompanha o ser humano desde que ele virou homo sapiens, estudiosos da Universidade da Califórnia afirmam que o homem quando passou a morar em florestas tropicais imitava pássaros e sons e começou a desenvolver uma comunicação mais efetiva. O mais antigo instrumento musical que se tem notícia, uma faluta de osso de mamute, data de 35000 anos. Nestes anos todos o homem desenvolveu uma imensa capacidade de relacionar-se com a música e a música em si tem um poder terapêutico que muitas vezes esquecemos em nossa prática cotidiana.
Obs Texto da Terapeuta Ocupacional
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