No dia do casamento a família dela cuidou de tudo na medida do possível. Eles procuraram cuidar de tudo para que o casamento fosse perfeito. Tudo estava muito bem organizado e seria espetacular. No entanto, quando foi à hora de entrar no carro do pai para ir a igreja o velho opalão misteriosamente não deu partida de jeito nenhum. Tentaram fazer pegar no tranco e nada.
Foi aquela loucura.
- E agora como é que nós vamos levar ela para a igreja? Disse um dos irmãos.
- Tem a charrete do seu Cardoso. Disse o outro irmão.
- Mas de charrete não vai dar tempo. Nós só chegaremos lá na igreja depois de meia noite.
- Então, vou falar com o cumpadre Vicente pra ver se ele leva a gente de carro ou empresta o carro dele prá nóis. Disse o pai.
Chegando a casa do Cumpadre Vicente:
- Cumpadre Vicente o senhor pode levar a gente até a igreja lá na cidade?
- Ô cumpadre infelizmente num vô pode ajuda pruquê um dos mininos levô o carro para fazer um serviço lá na cidade e ainda num vortô.
- Ai meu Deus! E agora como eu vou levar a menina na igreja? Vou correndo pedir a charrete do cumpadre Cardoso. Disse o pai.
- Olha cumpadre. Num sei se ajuda ou não, mas pode pegar o meu trator. Acho que ele é um poquinho mais rápido qui os cavalos do cumpadre Cardoso. Só tem um problema. Disse o cumpadre Vicente.
- Qual pobrema cumpadre?
- É que ele sôrta um poco de fumaça! Ele é meio véinho, mas é forte qui nem um toro e rápido qui nem alazão.
- Num tem probrema não cumpadre a minina coloca um lenço no rosto e assim a gente vai chegá lá na igreja rapidinho. Brigado cumpadre! Deus bençoe o senhor! Vô pegá o trator.
Ela chegou na igreja com o rosto e o vestido sujos por causa da fumaça preta que saia do trator. Só a parte da boca e do nariz estavam da cor original da sua pele, graças ao lenço que ela usou para não respirar a fumaça preta.
Aquela sim tinha sido uma chegada forte e de impacto. O casamento dela foi muito comentado pelo povo e certamente não será esquecido tão rápido.
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